O uso de bebidas alcoólicas é comum e tão antigo quanto a própria Humanidade. No entanto, a falta de limite entre o beber social, o uso abusivo de álcool e o alcoolismo pode se tornar um problema, uma vez que esses limites são tênues.
Mas apesar de ainda ser visto por muitos apenas como um vício, o alcoolismo é uma doença e deve ser tratada dessa forma.
Segundo o ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, que apresenta aspectos comportamentais e socioeconômicos, e é caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde, a OMS, considera o alcoolismo uma doença, desde 1967, e recomenda que as autoridades encarem esse assunto como uma questão de saúde pública. Essa doença é ainda colocada pela OMS como uma fatalidade que aparece logo abaixo do câncer e dos distúrbios cardíacos, e está entre as causas mais frequentes de óbitos em todo o mundo.
O fato de haver uma grande variedade de bebidas alcoólicas, acessíveis e espalhadas por todo o mundo, com grande divulgação e associação à felicidade, contribuem para que o álcool seja a substância psicoativa mais popular do planeta.
Dados do Ministério da Saúde, apontam o álcool como a droga mais utilizada pelos brasileiros (68,7% do total), seguido pelo tabaco, maconha, cola, estimulantes, ansiolíticos, cocaína, xaropes e estimulantes, nesta ordem.
No País, 90% das internações em hospitais psiquiátricos por dependência de drogas, acontecem devido ao álcool. E o número de brasileiros mortos devido a doenças provocadas pelo consumo de bebidas alcoólicas continua a crescer.
Dessa forma, as recomendações para o tratamento do alcoolismo, envolvem duas etapas:
1) Desintoxicação – Geralmente realizada por alguns dias sob supervisão médica, permite combater aos efeitos agudos da retirada do álcool. Dados os altíssimos índices de recaídas, no entanto, o alcoolismo não é uma doença a ser tratada exclusivamente no âmbito da medicina convencional.
2) Reabilitação – Depois de controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes precisam fazer parte de programas de reabilitação, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem álcool na circulação sanguínea.
Vale ainda lembrar, que uma das principais características daqueles que vivenciam o alcoolismo é a negação de sua existência por parte do usuário. E que o alcoolismo é apenas uma das doenças causadas pelo álcool, que pode gerar consequências sérias à saúde.
OUTRAS DOENÇAS CAUSADAS PELO ÁLCOOL
Quando é feito um consumo abusivo do álcool, algumas consequências podem acontecer de imediato, como a perda de coordenação motora, sonolência, fala arrastada, falhas na memória, irritações no estômago e sobrecarga nos rins e fígado. Enquanto no alcoolismo, fatores mais graves podem ocorrer.
Existem vários males relacionados à bebida, uma vez que o uso excessivo dessas bebidas alcoólicas pode afetar praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo. Entre as principais estão doenças como hepatite alcoólica, cirrose, câncer, cardiopatias, infarto, AVC Isquêmico, gastrite, úlcera, diabetes, desnutrição, entre outras. E, mesmo assim, muitos alcoolistas só buscam tratamento para a dependência após ser constatado doenças relacionadas ao álcool.
O alcoolismo é uma doença crônica, ou seja, não há cura. Mas há tratamento! Por isso, se você conhece uma pessoa que esteja sofrendo pela dependência do álcool, procure ajuda profissional.