A dependência química, problema social e de saúde pública, tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Saber lidar com ela é um desafio para milhares de famílias.
O primeiro passo é entender do que realmente se trata. Segundo definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), a dependência química é um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que são desenvolvidos após o uso repetido de determinada substância.
Fatores ambientais, genéticos e psicossociais podem contribuir para que a dependência química se desenvolva. É uma doença que causa alterações físicas e mentais.
Entender como funciona o vício químico ajuda a entender melhor o contexto. Uma das visões mais preponderantes entre os especialistas aponta que, por proporcionar prazer imediato sem grandes esforços ou conquista do indivíduo, as drogas levam o cérebro a entender que existe um caminho fácil para a satisfação.
Á medida que essa ação se repete – consumo, sensação de prazer – o indivíduo passa a concentrar sua energia nela, diminuindo o tempo que dedicava às relações sociais, trabalho, estudos e outras atividades. De forma resumida, esse é o quadro da dependência.
Reconhecer os sinais da dependência química é importante para oferecer auxílio a familiares, amigos ou outras pessoas próximas que estejam passando por isso.
Alguns deles são:
*Mudanças de comportamento com o (a) companheiro (a) ou família ou reações explosivas com demonstrações de falta de interesse nas relações comuns, impaciência em situações simples e raiva;
*Comportamento paranóico, em que a pessoa tem a sensação de estar sendo perseguida;
*Desenvolvimento do hábito de mentir: comportamentos negativos, como mentir para evitar compromissos, ou omitir informações são comuns nesses casos;
*Mudanças físicas: ganho ou perda de peso repentinas;
*Descontrole financeiro: em casos extremos, a renda do dependente químico é voltada completamente para sustentar o vício e rapidamente isso é percebido por quem está à volta;
*Perda de motivação: desinteresse ou produtividade baixa no trabalho, estudos ou outras atividades que fazem parte da rotina.
Se você notou alguns desses sintomas em alguma pessoa próxima, o primeiro passo é se aproximar de maneira tranquila e conversar. Procure ouvi-la para entender o que levou a essa situação e ofereça ajuda.
Outra recomendação importante: não abra mão de procurar auxílio de profissionais especializados. A dependência química pode ser vencida!