A dependência química é um problema com várias vertentes. De saúde, porque traz consequências graves a quem faz uso de substâncias nocivas ao organismo. Social, porque está ligada à violência. E, principalmente, familiar. A descoberta de que um ente querido usa drogas é impactante. O primeiro é aceitar, no sentido de compreender essa nova realidade. O segundo é se perguntar porque essa situação está ocorrendo, o que pode ter levado a isso. O terceiro é se dispor a apoiar e auxiliar na busca por tratamento, e consequentemente, mudança.
É um contexto desafiador, que exige empatia (sentimento de identificação, também descrita como a capacidade de se colocar no lugar do outro), paciência e amor. Neste post, vamos destacar algumas medidas que podem ser tomadas para auxiliar quem enfrenta esse problema.
1-Entender que se trata de uma doença:
Este é o primeiro passo. A dependência química precisa ser compreendida como um processo que gera adoecimento, tanto físico quanto mental. Tira a pessoa completamente do eixo. Suas emoções e pensamentos ficam escravos de conexões cerebrais nocivas. Entender que não se trata de algo feito de propósito é fundamental.
2-Buscar informação em fontes e profissionais confiáveis:
Depois de observar que seu ente querido está doente, é o momento de compreender a situação de maneira mais aprofundada. Que tipo de substância ele consome e quais os danos ela causa. E também o nível de dependência, de acordo com hábitos e comportamentos demonstrados. A pesquisa de informações deve ser criteriosa: busque por publicações e sites confiáveis e converse com profissionais com qualificação e experiência relacionadas à essa área, como enfermeiros, médicos, terapeutas e psicólogos.
3-Evite julgamentos e discussões
Estender a mão. Esse é, literalmente, um gesto fundamental. Converse de forma sincera, exponha suas preocupações, mas, demonstre empatia. Abordagens agressivas, com a lembrança de situações desagradáveis, ou comparações com outras pessoas, principalmente amigos, familiares e colegas de trabalho, não ajudam em nada. Isso só gera afastamento. O reconhecimento do vício é extremamente delicado para o dependente, assim, ofereça apoio e mostre que existe saída.
4-Ajude a pessoa a entender que precisa de ajuda:
Nesse contexto, o sentimento de culpa é muito grande, e a tendência da pessoa é pensar que deve resolver tudo sozinha. Infelizmente, só a força de vontade não é suficiente para vencer a dependência. E pode criar uma espiral perigosa: o dependente tenta, não consegue deixar o vício e perde autoestima, que pode levá-lo a intensificar o consumo.
O papel da família é encorajar mudanças. É preciso encarar a nova realidade, sem perder a esperança na recuperação. Mostre que o processo é difícil, mas, pode ser superado. Apresente alternativas de medicamentos e tratamentos, e o principal: mostre que a família está unida e está pronta para dar o suporte emocional, ponto fundamental no momento.
Os pontos que destacamos neste post não são uma receita de bolo. Lidar com a dependência química é algo complexo, porém, é possível vencer! A equipe do CTA está pronta para amparar quem sofre com essa situação. Fale conosco hoje mesmo.